NECROLOGIA: Amélia Neves de Souto

O Centro de Estudos Africanos (CEA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), comunica com profunda dor o desaparecimento físico da Profa. Doutora Amélia Neves de Souto, vítima de doença. Uma guerreira que como várias e vários jovens da sua geração trocou a sua juventude pela causa da libertação nacional. Depois da independência, a Profa. Amélia Neves de Souto desempenhou várias funções no aparelho do Estado moçambicano, e mais tarde ingressou na Universidade Eduardo Mondlane através do Centro de Estudos Africanos, onde desempenhou as funções de Chefe de Departamento de Informação e Documentação até a sua aposentação. Além de gestora atenciosa e ser humano de excelência, a Profa. Doutora Amélia Neves de Souto se destacou como uma investigadora meticulosa e uma militante da objectividade científica e do rigor metodológico. Entre as suas obras, se destacam: Memory and Identity in the History of Frelimo: Some Research Themes. Kronos, Cape Town, v. 39, n. 1, p. 283-284, Jan. 2013; A Dictionary of Mozambique History and Society. HSRC Press, 2022 (em co-autoria com Prof. Doutor Colin Darch); Guia bibliográfico para o estudante de história de Moçambique: (200/300-1930). CEA-UEM, 1996; Comunidades Costeiras: Perspectivas e Realidades. Maputo: CESAB, 2015 (co-autoria com Professora Doutora Teresa Cruz e Silva e Professor Doutor Manuel G. Mendes de Araujo), entre outros. O CEA-UEM fica órfão de uma das suas melhores pesquisadoras, cujo legado prevalecerá na memória institucional. À família enlutada, o CEA-UEM endereça as mais sentidas condolências. DESCANSE EM PAZ PROFa. DOUTORA AMÉLIA NEVES DE SOUTO.  

Seminário/Webinar Mensal: Uma agenda nacional para aprendizagem em Moçambique – É possível? – Quarta-feira, 16 de Agosto 2023

Prezadas e Prezados Colegas,

Convidamos a todas e todos para a nossa segunda sessão dos seminários/Webinars mensais do CEA neste segundo semestre de 2023. Nesta sessão o nosso orador é o CEO da PAL (People’s Action for Learning) Network, Armando Ali, que nos traz uma proposta de reflexão em volta de uma agenda nacional para aprendizagem. Assim, o presente seminário tem por tema “Uma agenda nacional para aprendizagem em Moçambique – É possível?” A reflexão que Armando Ali nos traz é baseada nos trabalhos da PAL Network, uma organização feita pela parceria de 17 países do “Sul Global”, que tem por objectivo promover a aprendizagem fundacional de crianças em países de África, Àsia e América.

Para discutir com Armando Ali e demais participantes temos a honra de contar com Teresa Manjate, investigadora do CEA-UEM.

O texto para leitura prévia assim como o cartaz do seminário vão em anexo.

Este seminário tem um formato híbrido: podem participar presencialmente na sala 47 do CEA-UEM; e de forma virtual através do seguinte zoom link:

https://zoom.us/j/99594829519?pwd=UlhnTml1WThabGNQOU1pOVp4RGFEZz09

Meeting ID: 995 9482 9519

Passcode: 4Wvu6g

Contamos com todas e todos!

Saudações académicas,

Chapane Mutiua

APRESENTAÇÃO:

Neste semestre, trazemos uma grelha interessante e desafiadora, sempre no intuito de promover o debate académico através de discussões de temáticas relevantes para as nossas sociedades moçambicanas e africanas, aliando a formação, a investigação e extensão universitária. Assim, neste novo ciclo, iniciamos com um debate sobre o impacto do processo de orçamentação participativa no desenvolvimento da democracia participativa e inclusiva, que nos é trazido por Priscilla Zibia, finalista de Mestrado em Administração Pública na UEM, a ter lugar no mês de Julho.

Em Agosto, Armando Ali, CEO da PAL Network, traz-nos uma discussão sobre as possibilidades da construção de uma agenda nacional para aprendizagem em Moçambique. A experiência da PAL Network em trabalhos virados para ensino e aprendizagem para camadas menos favorecidas em vários quadrantes do mundo serve-nos de chamariz para um debate que para além de pertinente se advinha produtivo e proactivo.

Em Setembro, Arnaldo Caliche, docente do Departamento de História da UEM e doutorando na University of Western Cabo, chama-nos à necessidade de repensar a “ideologia Samoriana” do “Homem Novo” no processo da construção da Nação Moçambicana. A sugestão de Arnaldo Caliche se afigura pertinente num contexto de procura de afirmação da “Unidade Nacional” e da consciência cívica e de cidadania em Moçambique e vários outros países de África. Porque tanto a consolidação da “Unidade Nacional” assim como a consciencialização de cidadania exigem um diálogo permanente visando limar as diferenças existentes entre os vários sectores da sociedade, Ana Piedade Monteiro, investigadora do CEA, convida-nos a reflectir sobre “narrativas e diálogos comunitários na resolução de conflictos”, em Outubro.

A fechar o ano, temos duas reflexões que espelham a nossa matriz regional e continental. Com efeito, em Novembro, contamos com a presença de Simbarashe Gukurume, Zimbabweano, docente e investigador da Sol Plaatje University da África do Sul, que vem nos falar sobre as “paisagens contestadas” em processos que envolvem “memória, apagamentos (esquecimentos) e contra-hegemonias”, antes de terminarmos o ano com Samaila Suleiman, docente e investigador Nigeriano sediado na Bayero University (Kanu), que nos vai falar sobre “as políticas de arquivo na Nigéria” numa perspectiva da construção da máquina de produção historiográfica.

Mais detalhes, siga: https://www.facebook.com/ceauem.uem

Investigador do CEA, Carlos Fernandes, participa do Atelier (filosófico) onde falará sobre “Pensar a partir de Moçambique: Centro de Estudos Africanos 1976-1990”.

Data: 02.08.2023;

Hora: 18:00;

Local: Fundação Fernando Leite Couto.

Eventos

Workshop Internacional sobre “Barragens Hidroelétricas”, com a parceria do programa PointSudda Universidade de Frankfurt-Alemanha.
IV Seminário sobre a Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas.